Título: Governo nega troca de comando na Petrobras
Autor: Ordoñez, Ramona
Fonte: O Globo, 16/07/2011, Economia, p. 30

Segundo ministro Lobão, mudanças na direção da estatal só ocorrerão por decisão de Dilma

BRASÍLIA e RIO. O governo negou ontem que a Petrobras esteja estudando mudanças na diretoria da Petrobras. Encarregada pela presidente Dilma Rousseff, a ministra de Comunicação Social da Presidência, Helena Chagas, desceu ao comitê de imprensa do Palácio do Planalto por volta das 9h45m para dizer que "são infundadas" as notícias sobre trocas no comando da Petrobras, mas não deu mais detalhes.

Reportagem publicada ontem no GLOBO informa que o PT e o PMDB estariam articulando mudanças profundas na direção da Petrobras. Segundo fontes, o diretor de Exploração e Produção da companhia, Guilherme Estrella, estaria cotado a presidir a PetroSal, a nova empresa que coordenará a exploração do petróleo na camada de pré-sal. Estrella seria substituído pelo atual presidente da BR Distribuidora, José Lima Neto, funcionário de carreira da Petrobras.

Já o diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, que recebe apoio do PMDB, poderia continuar no cargo, embora seu nome também seja cogitado para a diretoria de Exploração e Produção.

Nos bastidores, fala-se ainda que essas mudanças incluiriam até a troca da presidência da empresa: sairia José Sérgio Gabrielli e, em seu lugar, assumiria a atual diretora de Gás e Energia da estatal, Maria das Graças Foster.

Maria das Graças é um nome da confiança da presidente Dilma, que gostaria de colocá-la num cargo de maior destaque. Na formação do governo, ela chegou a ser cotada para chefiar a Casa Civil.

Recentemente, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse que os aliados pediram cargos na Petrobras, mas que não havia perspectivas de mudanças na estatal. Qualquer demanda na área de energia, afirmou Ideli na ocasião, seria tratada diretamente com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

Ontem, em evento no Rio de Janeiro, Lobão afirmou que mudanças na direção da Petrobras só ocorrerão por uma decisão da presidente Dilma, e segundo ele, isso ainda não ocorreu.

- Ela (a presidente Dilma Rousseff) não tomou nenhuma decisão, e eu também não tomei nenhuma posição nesse sentido. Portanto para mim não existe mudanças. Não está em análise - garantiu Lobão.