Título: Brasília vê atitude com ressalvas
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Fonte: O Globo, 16/07/2011, O Mundo, p. 37
BRASÍLIA. O Brasil vê com ressalvas o reconhecimento americano do Conselho Nacional de Transição dos rebeldes na Líbia. Na avaliação do governo brasileiro, o melhor caminho para o entendimento seria pela intermediação dos países da região, preferencialmente da União Africana.
- Nosso desejo é que os anseios do povo líbio sejam atendidos. A violência contra os civis deve ser condenada - comentou um alto funcionário do governo brasileiro.
Um das preocupações, já demonstradas publicamente pelo Itamaraty, é com o recrudescimento da violência contra civis, tanto da parte dos rebeldes quanto dos partidários do ditador Muamar Kadafi. Por essa razão, o Brasil prefere apostar na capacidade de mobilização dos países africanos.
- Para nós, é muito importante o posicionamento da União Africana - disse essa fonte.
Junto com Alemanha, Índia, China e África do Sul, o Brasil votou contra a criação de uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia, tendo à frente a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). No entanto, concordou com o envio de uma missão da ONU ao país para apurar casos de violações aos direitos humanos. (Eliane Oliveira)