Título: Estatal não prevê alta nos preços dos combustíveis
Autor: Ordoñez, Ramona; Nogueira, Danielle
Fonte: O Globo, 16/08/2011, Economia, p. 21

Defasagem de preço em relação ao cobrado nos EUA é de 14%

Apesar de uma diferença de 14% entre os preços internacionais e os preços cobrados internamente por derivados de petróleo, a Petrobras não cogita, no momento, reajustar os valores da gasolina e do óleo diesel. No segundo trimestre deste ano, a média dos preços de venda dos derivados ficaram em R$167,15 por barril, contra R$195,97 no mercado americano. O diretor Almir Barbassa acredita, contudo, que as cotações do petróleo tendem a cair com a desaceleração da economia mundial.

- Nós seguimos a política de acompanhar o preço internacional em prazos mais longos, sem repasses da volatilidade no curto prazo. Mas o fato de não ter tido reajuste dos combustíveis, particularmente neste segundo trimestre, gerou um acúmulo de variação grande - destacou.

No primeiro semestre deste ano, a Petrobras registrou uma receita líquida de R$ 116,2 bilhões, representando um aumento de 12% em comparação aos R$104,04 bilhões em igual período do ano passado. De janeiro a junho, as vendas de derivados aumentaram 8%.

No segundo trimestre do ano, a receita líquida atingiu R$61,4 bilhões, 12% superior aos R$58 bilhões do primeiro trimestre deste ano. No período, as vendas de derivados cresceram 7% em relação aos primeiros três meses do ano.

No acumulado do ano até junho, o endividamento líquido da companhia totalizou R$68,8 bilhões, 11% de crescimento em relação aos R$62 bilhões anteriores. Barbassa destacou a boa situação financeira da Petrobras, principalmente após a capitalização realizada em setembro do ano passado. (Ramona Ordoñez)