Título: Coordenadora da Meta 2 defende a medida e diz que denúncias dobraram
Autor: Otavio, Chico
Fonte: O Globo, 04/09/2011, O País, p. 10

Juíza admite, porém, que há um elevado número de arquivamentos

A juíza Taís Ferraz, integrante do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), defendeu os resultados da Meta 2. Embora reconheça a elevada quantidade de arquivamentos ocorridos em quatro meses, ela alegou que o índice de elucidações (denúncias) produzido pelo programa (16%) já é o dobro da média histórica do país.

- Os arquivamentos ocorrem porque, quanto mais tarde acontece uma investigação, menores são os indícios. As possibilidades vão diminuindo. Mesmo assim, o resultado da Meta 2 ganha de longe a média histórica. Não podemos generalizar - argumenta.

Taís Ferraz, que coordena a Meta 2, explicou que os promotores foram orientados a, num primeiro momento, selecionar o que era possível no conjunto de 141 mil inquéritos parados, "uma cidade de médio porte", como a juíza costuma se referir aos casos.

Taís afirmou que, como a decisão pelo arquivamento precisa ser submetida a um juiz e ao procurador-geral de Justiça do estado, uma medida prematura ou equivocada sempre acaba barrada por essa espécie de filtro:

- Quando um inquérito não chega ao criminoso, permanece nas delegacias. Sendo assim, o próprio arquivamento não deixa de ser uma resposta à sociedade, embora seja a pior de todas as respostas.