Título: Entidades negam irregularidades
Autor: Duarte, Alessandra; Benevides, Carolina
Fonte: O Globo, 11/09/2011, O País, p. 3

Segundo Uniemp, lucro foi para atividades; Vértice diz não ter obstáculo para contratar

As entidades negam a existência de irregularidades. Advogado do Uniemp, João Lima Jr. diz que não pode se manifestar sobre o inquérito civil 433/2006, do MP-SP, porque "não houve ainda citação", mas que todos os contratos da ONG foram "apreciados por TCE e TCU, e não tiveram recusa". Segundo Lima Jr., "é importante que o MP investigue, mas a acusação ainda tem que passar pelo Judiciário". Sobre a contratação de outras empresas, ele diz que "o Uniemp terceiriza a atividade-meio, e não a atividade-fim". Em relação ao lucro de R$195 mil, João Lima Jr. esclarece que "o lucro foi revertido para a própria atividade, a ONG nunca distribuiu os recursos e sempre os aplicou no próprio instituto".

Os advogados da Vértice, Edimilson Carvalho e Alexandre Ranieri de Carvalho, dizem que "ficou cabalmente comprovado que a Vértice sempre laborou em prol dos seus objetivos sociais", e que "não foi indiciada na CPI da ONGs. Consequentemente, não há irregularidades em subcontratações pela Funsaúde, FUB e Funasa". Segundo os advogados, a entidade desconhece a existência de ações do MPF: "Por outro lado, se há existência de ação, seja a pergunta dirigida ao MPF". Os advogados destacam que "a Vértice não possui nenhum obstáculo do ponto de vista legal para a realização de contrato de prestação de serviços com a administração pública".

Num telefonema à Tercon Brasil anteontem, uma mulher, que se identificou como Flávia, disse não saber se a Tercon antes era Educar.com, e não soube explicar por que as duas têm o mesmo CNPJ. Em outro telefonema no mesmo dia, uma pessoa que se apresentou como Jéssica disse não ter como localizar o responsável pela Tercon.