Título: Marco Aurélio Bellizze assume vaga no Superior Tribunal de Justiça
Autor:
Fonte: O Globo, 06/09/2011, O País, p. 10

Marco Aurélio Buzzi, de Santa Catarina, também toma posse no tribunal

BELLIZZE: compromisso de acelerar julgamento dos processos

BRASÍLIA. Dois novos ministros tomaram posse ontem no Superior Tribunal de Justiça (STJ): os desembargadores Marco Aurélio Bellizze Oliveira, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, e Marco Aurélio Gastaldi Buzzi, do TJ de Santa Catarina. Eles haviam sido nomeados pela presidente Dilma Rousseff em 15 de agosto, após a aprovação de seus nomes pelo Senado.

A solenidade lotou o auditório onde são realizadas as sessões do pleno do STJ. Estavam presentes os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e de Relações Institucionais, Ideli Salvatti; o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP); e o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Carlos Ayres Britto.

A cerimônia não teve discursos. Os novos ministros fizeram só um juramento protocolar. Coube ao presidente do STJ, ministro Ari Pargendler, elogiar os novos colegas:

- Ambos darão uma grande contribuição à Justiça brasileira - disse Pargendler.

Aos 47 anos, Bellizze nasceu no Rio e assumiu a vaga de Luiz Fux, nomeado para o STF. Marco Buzzi, natural de Timbó (SC), substitui o ministro Paulo Medina, que se aposentou.

Bellizze se tornou juiz de Direito no Rio em 1990, então o mais novo magistrado do estado. Essa situação se repetiria em 2004, quando foi promovido por merecimento ao cargo de desembargador, com 40 anos. No STJ, deverá atuar na 5ª Turma, que trata de assuntos penais. Assumirá um gabinete com acúmulo de oito mil processos. Ele adiantou que buscará saídas para acelerar o ritmo:

- Nas questões repetitivas, devo adotar critérios para não deixar que questões menores atrapalhem os julgamentos.

Buzzi, de 53 anos, é um entusiasta da conciliação, mas admite que os acordos não são a solução para todas as mazelas do Judiciário. Integra o Comitê Executivo do Movimento pela Conciliação, no Conselho Nacional de Justiça, e defende os juizados especiais:

- Não se admite mais que uma questão cível de menor complexidade e de pequeno valor exija tempo, gastos de pessoas altamente preparadas, como é um advogado, um promotor de Justiça, um juiz.