Título: Aeroporto improvisado
Autor: Brígido, Carolina; Lima, Maria
Fonte: O Globo, 16/09/2011, O País, p. 5
Há sete meses, quem chega ou sai do Maranhão é atendido em tendas
SÃO LUÍS. O Aeroporto Internacional Cunha Machado, na capital do Maranhão, estado do novo ministro do Turismo, Gastão Vieira, assim como de seu antecessor, funciona, há sete meses, em tendas improvisadas. É tempo apenas um pouco inferior ao nove meses do governo Dilma Rousseff, no qual o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), já conseguiu emplacar os dois titulares da pasta. No "portão de entrada" da cidade, sob temperatura de 35 graus, passageiros reclamavam ontem do desconforto e da demora.
- É um desrespeito - protestou João de Faria, que, sob sol forte e em pé, aguardava a neta.
No embarque refrigerado, o problema era a espera.
- Isto aqui está mais capenga do que qualquer aeroporto do interior. Estamos aqui há horas e temos até medo de perder o voo. É lamentável isso em uma região turística - indignou-se André Ferreira, que foi visitar os Lençóis Maranhenses.
O uso de tendas foi a solução encontrada pela Infraero para tentar consertar um acúmulo de água de chuva no teto, decorrência de uma falha na estrutura do aeroporto, inaugurado há 13 anos. A infraero passou seis meses para conseguir licitar as obras, ao custo de R$10,7 milhões, com a conclusão prevista para janeiro.
- Essa demora deve-se ao processo licitatório - explicou Hidelbrando Corrêa, superintendente da Infraero em São Luís.