Título: Às vésperas da Rio+20, acidente preocupa Dilma
Autor: Oliveira, Eliane
Fonte: O Globo, 19/11/2011, Economia, p. 32

Presidente teme confirmação de desastre ambiental já que país sediará conferência internacional

BRASÍLIA. A aparente tranquilidade demonstrada pelo governo brasileiro em relação ao vazamento de óleo no litoral fluminense será duramente abalada se o derrame durar mais do que uma semana, como previu o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Uma das preocupações da presidente Dilma Rousseff é com o risco de um desastre ambiental no Atlântico às vésperas da conferência Rio+20, quando países de todo o planeta estarão discutindo e desenvolvendo estratégias de Economia Verde. O evento será realizado em junho do ano que vem, duas décadas após a Eco-92, no Rio.

Segundo fontes, Dilma confia nos relatos de Lobão, que tem avalizado os argumentos da Chevron. A presidente, que foi titular da pasta de Minas e Energia no início do governo Lula, prefere não se manifestar até que surjam novos dados concretos.

A primeira e única vez em que ela se pronunciou a respeito do vazamento foi na última sexta-feira, quando o Palácio do Planalto divulgou nota dizendo que Dilma determinou uma "rigorosa apuração". Foram citados nominalmente a Marinha, o Ministério de Minas e Energia e a Agência Nacional do Petróleo (ANP).

- A presidente está mais preocupada com a possibilidade de um desastre ambiental do que com o que os investidores internacionais vão pensar - disse uma fonte, em relação aos temores sobre a atratividade da exploração do pré-sal.