Título: Governo só aceita votar se tiver certeza de vitória
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Fonte: O Globo, 29/11/2011, O País, p. 9
Líder no Senado diz que mais provável é votação só em 2012
BRASÍLIA. O governo aceita pôr em votação a Emenda 29, mas somente quando tiver segurança de que a base aliada aprovará no Senado o texto aprovado pela Câmara. Esse texto mantém o atual nível de investimento da União no setor.
- Vamos começar a discutir hoje (ontem) a nossa estratégia de ação. Mas vou fazer tudo para que possamos votar a Emenda 29 ainda este ano - adiantou o senador Humberto Costa, que foi ministro da Saúde no governo Lula.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), porém, disse achar difícil que a regulamentação da Emenda 29 entre na pauta de prioridades do Planalto neste fim de ano. Ele admite que os líderes da base aliada ainda não concluíram o levantamento junto às suas respectivas bancadas - para ver se o governo não corre o risco de ver o texto original da proposta aprovado.
- O mais provável é que fique para o próximo ano - confirmou Jucá.
Frente da Saúde calcula ter 39 de 41 votos necessários
Surpresos com as declarações de vários governistas a favor da retomada do texto original da regulamentação da Emenda 29, a oposição deverá insistir hoje para que a proposta seja submetida a votos antes da emenda constitucional que prorroga a Desvinculação das Receitas da União (DRU) até 2015. Algumas estimativas de representantes da Frente Parlamentar da Saúde indicam que pelo menos 39 senadores já teriam se comprometido em aprovar o texto de Tião Viana. Para ser aprovado, esse texto precisa de 41 votos. (Adriana Vasconcelos)