Título: Gabrielli elogia fim do IOF no capital estrangeiro
Autor: Godoy, Fernanda
Fonte: O Globo, 02/12/2011, Economia, p. 35
Presidente da Petrobras cita consumo de petróleo maior e prevê expansão do PIB em 5% este ano
NOVA YORK. O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, elogiou a decisão do governo de eliminar a cobrança de IOF sobre investimentos estrangeiros na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Segundo ele, trata-se de uma medida que vai aumentar a participação de capital estrangeiro no mercado acionário brasileiro. Além disso, lembrou ele, ela se soma a uma série de iniciativas para reduzir os limites para investimentos. Gabrielli disse esperar que a economia brasileira cresça 5% em 2011, e citou o aumento de 10% no consumo de petróleo no país nos últimos nove meses.
Ao participar do Fórum Global de Energia, promovido pela consultoria Platts, em Nova York, Gabrielli reforçou que a Petrobras está recebendo muitas ofertas para o seu plano de desinvestimento, que será executado nos próximos cinco anos. Segundo ele, a companhia ainda não decidiu se as vendas serão realizadas em bloco ou separadas.
Petrobras vai recorrer de multa milionária da ANP
A Petrobras vai vender parte dos blocos de exploração que controla, ações de empresas que não são essenciais para o seu negócio, e recebíveis. O presidente da Petrobras citou como exemplo a refinaria no Japão, mas apenas como uma possibilidade de venda.
Gabrielli também comentou sobre a parceria da Petrobras com a estatal petrolífera da Venezuela PDVSA para a construção de uma refinaria em Pernambuco, cuja concretização foi adiada mais uma vez esta semana - por 60 dias -, a pedido da Venezuela.
- Os venezuelanos pediram para estender o prazo por mais 60 dias, e nós aceitamos. Vamos esperar mais dois meses - afirmou o presidente da Petrobras.
Em relação à multa de R$84 milhões aplicada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) à Petrobras, Gabrielli afirmou que a companhia contesta a punição.
- O problema foi com um grande equipamento de medição que foi exigido pela ANP. Oferecemos alternativas tecnológicas para medir a mesma coisa, e estamos contestando a multa - disse Gabrielli, que não quis comentar o acidente da Chevron na Bacia de Campos, citando cláusulas de confidencialidade no contrato da joint-venture.