Título: Aneel: estatais e chinesa vencem leilão
Autor:
Fonte: O Globo, 17/12/2011, Economia, p. 45

Deságio médio das linhas de transmissão de energia foi de 24,89%

SÃO PAULO. O leilão de transmissão de energia realizado ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) teve um deságio médio de 24,89%, com Eletrobras e Copel entre as vencedoras, assim como a chinesa State Grid, que estreou como vencedora junto com Furnas.

- É a consolidação desse nosso novo modelo de competição - disse o presidente da comissão de licitação da Aneel, Márzio Ricardo de Moura, ao se referir à nova regra aplicada, que busca maior competitividade e evitar lances únicos sem desconto em relação à receita anual máxima estabelecida.

Ainda houve um lote em que uma proponente apresentou proposta sem deságio - o consórcio de Copel (80%) e Eletrosul (20%), garantindo receita máxima de R$12,972 milhões.

A Eletrobras esteve presente entre as vencedoras em quatro dos nove lotes do leilão - o A, maior da disputa, em parceria com a Copel, por meio da Eletrosul; arrematou o B por meio da Chesf; venceu novamente com a Copel o lote F, no Paraná, também por meio da Eletrosul; e conquistou o lote H, em Goiás, com a chinesa State Grid.

- Tivemos a oportunidade de vencer um leilão que para nós é extremamente simbólico porque é a estreia de uma parceria que pode render uma ligação empresarial muito importante para o Brasil e para a China - disse a diretora de Planejamento, Gestão de Negócios e Participação de Furnas, Olga Simbalista.

As empresas levaram o lote H, com duas subestações e com um deságio de 5,2%, garantindo uma receita anual de R$7,4 milhões.

A Copel foi uma das vencedoras também em quatro lotes. Além das vitórias com a Eletrobras, a paranaense levou os lotes E, no Paraná, e I, no Maranhão, com a Elecnor.

O maior desconto em relação à receita máxima estabelecida para cada lote foi de 43,5%, apresentado pela Neoenergia, que arrematou o lote G, o menor do leilão em receita, da subestação Extremoz II, no Rio Grande do Norte. A empresa garantiu receita anual de R$2,278 milhões.

Já o lote D, em Santa Catarina, foi arrematado pela Empresa Catarinense de Transmissão de Energia, com deságio de 38%.

O lote C, com a linha Lechuga-Jorge Teixeira, no Amazonas, não recebeu ofertas.