Título: Dilma lança plano para melhorar saneamento em 1.116 municípios
Autor: Barbosa, Adauri Antunes
Fonte: O Globo, 22/12/2011, O País, p. 11
Meta é investir R$3,7 bilhões em cidades com até 50 mil habitantes
BRASÍLIA. A presidente Dilma Rousseff participou ontem da cerimônia de contratação de obras de saneamento básico para municípios de até 50 mil habitantes, dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2). No total, serão investidos R$3,7 bilhões em 1.114 obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário em 1.116 municípios de todas as regiões do Brasil. No caso do Rio, 14 cidades serão contempladas, entre elas Arraial do Cabo, Búzios, Carmo e Vassouras, num total de R$87,3 milhões em investimentos.
Dos R$3,7 bilhões que serão aplicados nessas ações dos novos contratos, R$2,6 bilhões serão do Orçamento Geral da União e R$1,1 bilhão de financiamento público federal. De 2011 a 2014, o PAC-2 prevê R$35,1 bilhões para saneamento.
Na cerimônia no Palácio do Planalto, Dilma afirmou que o governo tem obrigação de levar condições melhores de vida para todo o Brasil, independentemente do tamanho das cidades. Ela frisou que as obras de saneamento podem transformar a vida dos cidadãos que moram nos pequenos municípios:
- Estamos aqui para garantir que milhares de famílias brasileiras, que residem nos pequenos municípios espalhados por este país afora, tenham direito ao saneamento básico e a melhores condições de saúde e de vida.
Dilma: obras vão reduzir mortalidade infantil
Dilma lembrou que, quando assumiu a Casa Civil, no governo Lula, um auxiliar lhe deu uma "boa notícia": a de que o Fundo Monetário Internacional (FMI) havia liberado o país para investir R$500 milhões em saneamento. Hoje, segundo Dilma, o Brasil investe R$35,1 bilhões para minimizar o problema:
- Não que eu acredite que isso é suficiente. Não. O Brasil tem um déficit tão grande em saneamento, que nós vamos fazer um esforço e teremos de investir mais do que R$35 bilhões. Mas, hoje, temos essa disposição, nós temos esses recursos.
Presente à cerimônia do Planalto, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que as obras não são importantes também para reduzir o número de mortos entre crianças com menos de um ano de vida.
- Essas obras não só vão contribuir para a reduzir os déficits de saneamento apresentados pelos pequenos municípios brasileiros, gerando um impacto decisivo na mortalidade infantil e na qualidade ambiental, mas também vão gerar empregos e inclusão social - afirmou.