Título: Empresa nega que faça extração ilegal no Pará
Autor:
Fonte: O Globo, 23/12/2011, O País, p. 4

Incra, porém, confirma proibição e diz que vai punir os assentados

BRASÍLIA. O Grupo Rosa Indústria e Madeira, flagrado em operação da Polícia Federal, do Incra e do Ibama cortando madeira do assentamento Abril Vermelho, no município de Santa Bárbara do Pará, negou que haja extração ilegal na área. A empresa pertence ao secretário de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção do governo do Pará, Shydney Jorge Rosa. Em nota, o grupo disse que "os assentados receberam do Incra a cessão de uso que lhes concede o direito de desenvolverem atividades agrícolas, onde se inclui o reflorestamento, podendo, inclusive, penhorá-la".

A empresa alegou também que o corte de árvores reflorestadas é permitido por instrução normativa da Secretaria do Meio Ambiente do estado. "A empresa e os assentados se viram surpresos pelas atitudes, visto que foi efetuada a comprovação documental conforme legislação pertinente e boa fé da ação", disse o Grupo Rosa.

PF apreendeu tratores, motosserras e um caminhão

O Incra, por sua vez, negou que possa haver exploração de madeira na área. E informou que vai cancelar o contrato de concessão de uso dos assentados que incidiram no crime ambiental. Na operação, foram apreendidos tratores, motosseras e um caminhão. Dois assentados foram detidos, e um foi preso por desacato à autoridade. A Polícia Federal anunciou que abrirá inquérito para investigar o caso.