Título: Mais de 370 hospitais farão troca de próteses
Autor: Brígido, Carolina
Fonte: O Globo, 24/01/2012, O País, p. 11

Unidades públicas e privadas de todo o país foram credenciadas; lista está na internet

BRASÍLIA. O Ministério da Saúde divulgou ontem uma lista com 371 hospitais públicos e credenciados ao Sistema Único de Saúde (SUS) habilitados para realizar a cirurgia de troca de próteses mamárias sob suspeita. As marcas que apresentaram problemas são a francesa PIP e a holandesa Rofil. A orientação é de que o procedimento seja realizado pela instituição onde o implante foi feito originalmente. A lista, que pode ser acessada na página do ministério na internet, conta com hospitais públicos e particulares em todas as unidades da federação.

Os pacientes que estiverem distantes do médico ou do estabelecimento que realizaram o implante poderão procurar um desses hospitais da relação divulgada ontem ou qualquer unidade do SUS para avaliar o implante e as condições de saúde, que vão determinar se é o caso da nova cirurgia.

No Rio, estão na lista o Hospital do Andaraí, o Hospital Federal de Ipanema, o Hospital Universitário Pedro Ernesto, o Hospital do Câncer I, II e III, o Hospital Geral de Bonsucesso, o Hospital Mario Kroeff, o Hospital dos Servidores do Estado, o Hospital Municipal Barata Ribeiro, o Hospital Central da Polícia Militar, o Hospital Federal da Lagoa, o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle e o Hospital Federal Cardoso Fontes.

Mais de 19 mil mulheres têm próteses das duas marcas

De acordo com o Ministério da Saúde, todos os pacientes que possuem prótese mamária das duas marcas e apresentarem confirmação de rompimento deverão ser atendidos gratuitamente pelo SUS e pelos planos de saúde. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem uma página na internet com informações sobre implantes mamários, e que permite que as pacientes e os médicos encaminhem notificações sobre a prótese implantada e o relato de qualquer ocorrência.

Ao todo, 19,5 mil mulheres brasileiras têm próteses nos seios com silicone industrial das marcas Rofil e PIP, mas não se sabe quantas apresentam problemas. Nem sempre há sintomas. É preciso procurar um médico para fazer exames físicos, ultrassonografia ou ressonância magnética para identificar se houve ruptura da prótese. Em caso positivo, é preciso trocar a prótese.