Título: Esforço por base unida em Minas
Autor: Aranha, Patrícia
Fonte: Correio Braziliense, 10/09/2009, Política, p. 9

O chefe do Gabinete da Presidência da República, ministro Gilberto Carvalho, disse ontem, em Belo Horizonte, que o PT está disposto a abrir mão da cabeça de chapa na eleição para o governo de Minas Gerais se o PMDB tiver o melhor candidato, priorizando a aliança nacional para a campanha da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República. ¿Não tenho dúvidas de que o PT pode fazer em Minas o que fez em outras ocasiões em muitos estados, abrindo mão para que uma candidatura de outro partido pudesse assegurar a unidade, sobretudo a nacional. A prioridade é uma aliança nacional com o PMDB e com os aliados¿, ressaltou.

A decisão só deve ser tomada no ano que vem, quando o quadro eleitoral estiver mais definido. ¿Seria prematuro e leviano adiantar agora a escolha da cabeça de chapa. Provocaria um racha¿, afirmou. Considerado a voz e os ouvidos do presidente Lula no partido e no governo, Carvalho foi indicado pelo presidente do PT, deputado federal Ricardo Berzoini (SP), para disputar sua sucessão em eleição interna da legenda marcada para novembro. Como Lula preferiu mantê-lo no Planalto, Carvalho foi substituído pelo ex-presidente da BR Distribuidora José Eduardo Dutra como candidato da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB). Dutra estará em Belo Horizonte hoje e deve reforçar o apelo para que o PT mineiro sacrifique a candidatura própria, se for preciso, para manter o PMDB no palanque de Dilma.

O PMDB mineiro está unido em torno da candidatura ao governo do ministro das Comunicações, Hélio Costa, e tem conversado sobre alianças tanto com o PT quanto com o PSDB. Já o PT tem dois pré-candidatos: o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, que admite a possibilidade de ceder a cabeça de chapa a Hélio Costa se ele continuar à frente das pesquisas, e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, que acha prematura essa discussão. Carvalho lembrou que o segundo colégio eleitoral do país, atrás apenas de São Paulo, é fundamental para a campanha da ministra da Casa Civil. ¿Não podemos errar em Minas.¿