Título: Cúpula das Américas: Brasil assediará investidor
Autor: Oliveira, Eliane
Fonte: O Globo, 14/04/2012, Economia, p. 29

Para desfazer repercussão negativa sobre defesa comercial, Dilma justificará medidas em reunião de chefes de Estado

CARTAGENA, Colômbia. Preocupada com a repercussão negativa no exterior das últimas medidas de defesa comercial anunciadas pelo governo brasileiro, a presidente Dilma Rousseff tentará mudar a situação nos discursos que fará, hoje, durante a abertura da reunião de chefes de Estado das Américas e no encontro entre empresários da região em Cartagena, na Colômbia.

Àqueles que afirmam que o Brasil é um país protecionista, a presidente Dilma dirá que qualquer empresa, desde que instalada no Mercosul, não apenas no país, terá direito a incentivos fiscais e preferência nas compras governamentais.

Presidente abrirá

reunião ministerial

Dilma abrirá a reunião ministerial ao lado dos presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Colômbia, Manuel Santos.

Mais do que os líderes do continente que estarão presentes na edição colombiana da Cúpula das Américas, o principal foco de Dilma será os homens de negócios e investidores da região.

De acordo com um interlocutor com acesso ao Palácio do Planalto, na visita que fez aos Estados Unidos, na semana passada, a presidente ficou intrigada com a interpretação que tem sido feita pelos empresários americanos das últimas ações do Brasil.

A presidente Dilma justificará as medidas de defesa comercial - como o aumento dos tributos vinculados à importação, principalmente de produtos exportados pelos chineses - e dirá que o Brasil está aberto a investimentos estrangeiros.

O tema da VI Cúpula das Américas é "Conectando as Américas: parceiros para a prosperidade" e tem como foco o papel da integração física, cooperação regional, pobreza e desigualdade, segurança cidadã, desastres e acesso a tecnologia para alcançar desenvolvimento e superar desafios.

(*) Enviada especial