Título: País defenderá crescimento com inclusão
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Fonte: O Globo, 14/04/2012, Economia, p. 33
Presidente convocará líderes a participarem da Rio+20 em junho
CARTAGENA, Colômbia. Entre as medidas de proteção comercial adotadas pelo governo brasileiro, está a preferência de até 25% sobre o preço do produto importado a bens fabricados na região, com base no índice de conteúdo local. Ou seja, 65% de um manufaturado precisam ser compostos por peças e insumos do Mercosul. A margem varia de produto para produto: 8% para medicamentos; 20% para fármacos; 25% para biofármacos; 10% para retroescavadeiras; e 18% para motoniveladoras.
Além disso, as montadoras terão de investir em inovação pelo menos 0,15% da receita bruta no ano que vem e aumentar este percentual até 0,50% em 2017. Os fabricantes de semicondutores e displays, para obterem a isenção de IPI, PIS e Cofins, terão de atrelar 5% da receita à inovação.
A presidente Dilma Rousseff defenderá na Cúpula das Américas crescimento econômico com inclusão social. Enfatizará que o desenvolvimento sustentado só é possível com consciência ambiental e convidará todos os líderes presentes à reunião de Cartagena, na Colômbia, a participarem da Rio+20, em junho no Rio de Janeiro.
Essa tarefa começou a ser cumprida ontem pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, ao abrir a reunião de chanceleres das Américas. Além de destacar a importância da Rio+20, ele defendeu a inserção nas políticas públicas de programas econômicos e sociais.
- No Brasil, 50 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza e foram para a classe média. É quase o equivalente à população da Colômbia. Isso se deu graças a programas como Bolsa Família - afirmou.
Para Patriota, a crise financeira internacional, que começou nos Estados Unidos em 2008, passou pela zona do euro, mas não chegou à região. No caso do Brasil, disse, um dos fatores que ajudaram a economia brasileira foi a participação "estreita e coordenada" da sociedade civil.
- Esperamos que no fim do mandato (de Dilma), em 2014, possamos erradicar a extrema pobreza no Brasil. (Eliane Oliveira, enviada especial)