Título: Popularidade de Dilma é recorde e vai a 77%
Autor: Souza, André de
Fonte: O Globo, 05/04/2012, O País, p. 12

BRASÍLIA. A presidente Dilma Rousseff bateu recorde de popularidade e atingiu 77% de aprovação na pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada ontem. Entre os entrevistados, 56% consideram seu governo bom ou ótimo. O levantamento foi entre 16 e 19 de março, período em que ela enfrentava a rebelião da base no Congresso. A presidente vai bem na avaliação política, mas seis de nove áreas avaliadas foram reprovadas pelos entrevistados: impostos, saúde, segurança pública, taxa de juros e combate à inflação e educação.

O desempenho de Dilma é superior às avaliações dos ex-presidentes Fernando Henrique e Lula no segundo ano dos seus primeiros mandatos. Em dezembro, quando foi divulgada a última pesquisa CNI/Ibope, os mesmos 56% avaliavam o governo como bom ou ótimo, mas a aprovação de Dilma era menor: 72%.

- O estilo da presidente, com firmeza na substituição de ministros e na relação com o Congresso, parece ter empatia melhor com a população, que vê Dilma mais presente no governo - disse o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

O número dos que desaprovam Dilma foi de 21% em dezembro para 19% em março, dentro da margem de erro. Já 34% consideram o governo regular; 8%, ruim ou péssimo; e 2% não responderam.

A confiança em Dilma saiu de 68% para 72%, mas o crescimento está na margem de erro (dois pontos percentuais para mais ou para menos). Para 60%, o governo Dilma é igual ao de Lula.

Apesar da alta aprovação, o governo foi bem avaliado só em três de nove áreas: combate à fome e à pobreza, combate ao desemprego e meio ambiente. Houve empate em educação (49% aprovam e 47% desaprovam). O pior resultado foi na avaliação da política de impostos do governo, em que 65% desaprovam e apenas 28% aprovam. As notícias mais lembradas sobre o governo Dilma são os programas sociais e ações voltadas para as mulheres. Em terceiro lugar, estão as notícias de corrupção, com 5%, bem abaixo dos 28% observados em dezembro do ano passado, quando foram constantes as trocas de ministros sob suspeita.