Título: Fim de salários extras será votado na Câmara
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Fonte: O Globo, 11/05/2012, O País, p. 18

Deputados querem a aprovação rápida do projeto que acaba com os 14 e 15 salários, aprovado anteontem pelo Senado. Integrantes da Mesa Diretora acreditam que a Câmara deve agir com rapidez, mas, nos bastidores, há resistências. O líder do PT, deputado Jilmar Tatto (SP), disse que não se debruçou sobre o assunto e que a pauta da Câmara tem outras prioridades. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), sempre disse que esperaria a decisão do Senado para, então, agir.

O 14 e o 15 salários são pagos no início e no final de cada ano e foram criados para custear despesas com mudança e transporte dos parlamentares. A proposta aprovada, de autoria da hoje ministra da Casa Civil, senadora Gleisi Hoffmann, prevê o fim desses salários extras, mas mantém a ajuda de custo ao início e ao fim do mandato. O fim dos salários extras vai gerar uma economia de R$ 4,3 milhões no Senado e mais de R$ 27 milhões na Câmara.

Tatto argumentou que, como se trata de projeto de decreto legislativo, deverá ser analisado pela Mesa Diretora e, na sua opinião, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), antes de ir a plenário. O líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG), lembrando que já abriu mão deste salário extra no início do ano, anunciou que cobrará na próxima reunião do colégio de líderes votação da medida. O quarto-secretário da Mesa, Júlio Delgado (PSB-MG), e o primeiro-secretário, Eduardo Gomes (PSDB-TO), também defenderam votação rápida da proposta.

Os dois confirmaram ato da Mesa Diretora, aprovado em abril, que oficializou a liberação dos deputados que ocupam apartamentos funcionais de pagar a Taxa de Limpeza Urbana. A despesa anual é paga pela Câmara e continuará sendo.