Título: Na segunda classe, 150 milhões
Autor: Gomes, Batista, Henrique
Fonte: O Globo, 27/05/2012, Economia, p. 33

O governo vem concentrando necessários esforços para que os aeroportos se tornem mais eficientes a fim de atender ao público que vem para Copa e Olimpíadas.

Nos próximos dias, transfere o controle dos primeiros grandes terminais para grupos privados. Enquanto isso, o transporte por ônibus, trem e barco em milhares de cidades brasileiras vai de mal a pior, retrato de um governo que investe pouco no setor: 0,4% de seu Produto Interno Bruto (PIB), menos da metade da média mundial de 0,96%, segundo dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Assim, viajar de ônibus, barco ou trem no Brasil pode ser uma aventura. Em 2011, foi uma morte a cada 40 horas, num país que majoritariamente não viaja de avião: o setor aéreo transportou 89,9 milhões de pessoas, enquanto quase 150 milhões usaram os outros três meios. Para mostrar o cotidiano desses passageiros que estão fora do foco político do governo, O GLOBO embarcou nas mais longas linhas de ônibus, barco e trem em operação no país e começa hoje uma série de reportagens, que também vai analisar desafios do setor.