Título: Vale obtém 1 licença ambiental de projeto de quase US$ 20 bi
Autor:
Fonte: O Globo, 28/06/2012, Economia, p. 20

Iniciativa em Carajás deve aumentar em 40% produção de minério até 2017

CARAJÁS TERÁ nova mina da Vale, prevista para operar em 2016

Michel Filho/06-12-2007

RIO e SÃO PAULO. A Vale recebeu o primeiro sinal verde em licenciamento ambiental do que considera o maior projeto de sua história e o maior da indústria de minério de ferro. O Ibama concedeu a licença prévia ambiental do projeto Carajás S11D, que fica localizado na serra sul de Carajás, no Pará, e prevê investimentos de quase US$ 20 bilhões. Com a iniciativa, a companhia espera aumentar em mais de 40% a produção até 2017, frente ao nível do ano passado, para 460 milhões de toneladas.

- É o maior investimento do setor privado da História do país - disse o presidente da Vale, Murilo Ferreira, após se reunir ontem com a presidente Dilma Rousseff para detalhar a iniciativa.

O investimento na mina e na usina de processamento é de US$ 8,039 bilhões, com início das operações previsto para o segundo semestre de 2016. Outros US$ 11,4 bilhões serão investidos em logística e infraestrutura para ampliar a Estrada de Ferro Carajás e o terminal marítimo de Ponta da Madeira, no Maranhão. Isso permitirá a movimentação de 230 milhões de toneladas métricas anuais de minério de ferro.

A capacidade do novo projeto é de 90 milhões de toneladas métricas anuais. A principal mina da Vale hoje está em Carajás, com produção de 109,8 milhões de toneladas em 2011. No ano passado, a mineradora produziu 322,6 milhões de toneladas de minério de ferro.

Vale destaca volume e qualidade do minério

Para dar início às obras de construção da usina, ainda é necessário obter a licença de instalação. A expectativa da Vale é que isso demore entre seis meses e um ano.

Em nota, a Vale afirmou que Carajás oferece a melhor plataforma de crescimento de minério no mundo, combinando substancial volume de reservas provadas e prováveis, 4,239 bilhões de toneladas métricas e baixo custo operacional, resultante da alta qualidade do depósito mineral e do eficiente sistema logístico.

"O minério de ferro de alta qualidade de Carajás apresenta menores custos operacionais e valor em uso superior para a indústria do aço", diz a nota.

De acordo com o diretor de Ferrosos e Estratégia da empresa, José Carlos Martins, a qualidade do minério de ferro do projeto será melhor do que a obtida na atual produção da companhia em Carajás, de onde a empresa já extrai um dos melhores minérios do mundo.