Título: PT oficializa hoje nome de Haddad
Autor: Braga, Isabel
Fonte: O Globo, 30/06/2012, O País, p. 16

Crítica da adesão de Maluf a petista, Marta diz que se dedicará ao mandato

SÃO PAULO . O PT oficializa hoje à tarde a candidatura do ex-ministro da Educação Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo. A convenção também vai formalizar as coligações com o PC do B, PSB e PP, de Paulo Maluf. Os comunistas indicarão a vice da chapa, a presidente estadual da legenda, Nádia Campeão, ex-secretária de Esporte da prefeitura na gestão Marta Suplicy (2001-2004).

O evento será simples, pois o O PT deu caráter de lançamento da candidatura no encontro do partido realizado no dia 2 de junho. Tanto que o ex-presidente Lula, responsável por viabilizar a indicação de Haddad, não deve comparecer no evento de hoje.

Ontem, a senadora petista Marta Suplicy deu mostras de sua insatisfação ao ser perguntada se participará da campanha de Haddad.

- Eu vou me dedicar ao meu trabalho no Senado e à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Essa vai ser a minha postura e o meu empenho nesses oito anos para os quais fui eleita senadora - respondeu.

Lula deve ir à convenção do PT na cidade em que vive, São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Um de seus principais amigos na político, o ex-ministro Luiz Marinho vai ter a candidatura à reeleição oficializada pela manhã.

Em Osasco, na Grande São Paulo, o partido prepara uma grande festa para o lançamento da candidatura do deputado federal João Paulo Cunha, único dos 38 réus do mensalão que vai disputar a eleição deste ano. Na semana passada, durante o encontro do partido em que foi oficializada a sua indicação, João Paulo chorou e disse que a eleição é uma chance para recuperar a sua honra.

O deputado é réu no processo do mensalão porque sua mulher sacou R$ 50 mil no tempo em que ele era presidente da Câmara da conta da empresa do publicitário Marcos Valério, apontado como operador do esquema. A agência de Valério ganhou uma licitação para prestar serviço para a Câmara, na mesma época. Nas alegações finais do processo do mensalão, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pede a condenação do deputado a uma pena de 10 a 42 anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. O deputado alega que o saque foi feito para pagar despesas de campanhas.