Título: Agente morto tinha sofrido ameaças
Autor: Victor, Dório Ewbank
Fonte: O Globo, 19/07/2012, O País, p. 5

Ministro da Justiça diz que ainda é cedo para relacionar crime com Operação Monte Carlo

BRASÍLIA . O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou ontem que "é muito cedo" para concluir que o assassinato do agente da PF Wilton Tapajós Macedo, integrante da operação Monte Carlo, tenha relação com seu trabalho nas investigações do caso. O agente foi morto com dois tiros na nuca no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. Ele integrava o núcleo de inteligência da PF e participou do monitoramento dos membros da quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira.

- É muito cedo para se fazer qualquer afirmação. A Polícia Federal está apurando as circunstâncias da morte e seguramente vamos encontrar as causas desse ato perverso que acabou vitimando um dos nosso agentes - disse Cardozo.

Tapajós, que será enterrado hoje no mesmo cemitério onde foi assassinado, tinha sofrido ameaças. Segundo o Jornal Nacional, o policial relatou a superiores da PF que teria sido seguido por um carro quando deixava um shopping em Brasília.

Cardozo afirmou que, no momento, a segurança de outros policiais não será reforçada e rebateu críticas do PSDB de que a ação da PF em Goiás teria sido orquestrada contra os tucanos:

- Toda vez que a PF apura algo, todos que querem defender o investigado, sempre dizem que é ação orquestrada.