Título: O Estoque do Ditador
Autor:
Fonte: O Globo, 24/07/2012, O Mundo, p. 26

O ARGUMENTO: A Síria é um dos países que se recusaram a assinar a Convenção sobre Armas Químicas. Seu argumento é que, embora seja favorável ao banimento das armas de destruição em massa do Oriente Médio, não pode renunciar unilateralmente às armas químicas enquanto Israel continuar a ser uma ameaça à segurança do país.

a origem: O Egito foi responsável por dar à Síria a capacidade inicial de ter armas químicas. Isso ocorreu antes da guerra de ambos contra Israel de 1973, embora os sírios já estivessem trabalhando nesse arsenal em 1971. Segundo a Global Security, o país tem hoje quatro centros onde se crê que essas armas são produzidas, próximo às cidades de Damasco, Homs, Hama e Latakia.

OS AGENTES: A Síria aparentemente tem capacidade para desenvolver e produzir três tipos de armas químicas: gás mostarda, sarin e o poderoso agente nervoso VX. Os volumes de cada um deles mantidos pela Síria são desconhecidos, mas, segundo a Nuclear Threat Initiative (NIT), o país tem o maior arsenal químico do Oriente Médio e, segundo a CIA, capacidade de produzir centenas de toneladas por ano.

a APLICAÇÃO: Para fazer uso dessas armas, a Síria dispõe, entre outras ferramentas, de milhares de bombas aéreas com sarin, entre 50 a 100 ogivas para mísseis balísticos, mísseis norte-coreanos de até 600 km de alcance, mísseis SS-21 de alcance de 80 a 100 km, aviões Su-24, de longo alcance, e MiG 23BM Flogger F, de ataque ao solo.