Título: Empregos formais no país crescem 1,4% em julho, mas queda no ano chega a 29%
Autor: Doca, Geralda
Fonte: O Globo, 17/08/2012, Economia, p. 29

Governo vê sinais de recuperação. Rio é o 3º estado que mais emprega

BRASÍLIA O número de trabalhadores com carteira assinada em julho cresceu 1,4% em relação ao mesmo período de 2011, com a geração líquida de 142.496 empregos. O saldo (admissões menos demissões) subiu 18,3% em relação ao resultado de junho. O Rio foi o terceiro estado que mais empregou em julho, com saldo de 13.439, avanço de 22,5% frente ao mesmo período de 2011.

Nos sete primeiros meses do ano, foram criados 1,232 milhão de postos no país, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho. Na comparação com o acumulado de 2011, quando foram abertas 1, 593 milhão de vagas, o mercado formal de trabalho caiu 29,3%, devido aos reflexos da crise global, sobretudo na na indústria.

setores se recuperam

No Rio, os setores que mais contribuíram para ampliar o emprego foram serviços, construção civil e comércio. Entre janeiro e julho, foram criadas 104.540 vagas na região.

Segundo o diretor do Departamento de Emprego e Salários do Ministério, Rodolfo Torelly, julho deu sinais de que tendência de desaceleração do emprego formal está se invertendo. Ele destacou que vários subsetores da indústria de transformação registraram saldos, após meses demitindo. As exceções foram borracha e fumo. Este demitiu 1.899 trabalhadores em razão do fim de safra do fumo no Sul do país:

- Já vemos vários sinais positivos de recuperação.

No mês passado, a indústria ficou em terceiro lugar no ranking do emprego, com saldo de 24.718 postos de trabalho e praticamente retornou ao patamar de julho passado. O setor de serviços continuou puxando os empregos formais, com 39.060 postos, sobretudo nos ramos de hotéis, restaurantes, comércio, administração de imóveis e serviços médicos e odontológicos.

A construção ficou em segundo, com 25.433 vagas, seguida por agricultura (23.951), sobretudo nas atividades de apoio ao setor e cultivo de laranja em São Paulo, e comércio (22.847). São Paulo foi o estado que mais contratou, com saldo de 47.837 postos. Minas Gerais foi o segundo (19.216), seguido pelo Rio. Os centros urbanos concentraram 69.382 vagas