Título: Autorizações de trabalho para estrangeiros sobem 24% no país
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Fonte: O Globo, 22/08/2012, Economia, p. 27

Maioria das concessões é temporária, diz Ministério do Trabalho

BRASÍLIA No primeiro semestre deste ano, o número de autorizações de trabalho para estrangeiros concedidas pelo governo brasileiro cresceu 24%, passando de 26.545 concessões no mesmo período do ano passado para 32.913. Segundo balanço divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego, das autorizações concedidas no primeiro semestre, 29.065 são temporárias e 3.848, permanentes.

Os Estados Unidos são o país que mais mandou profissionais para o Brasil. Foram 4.646 trabalhadores, 334 a menos do que no mesmo período de 2011. Os haitianos receberam 2.311 permissões. Em seguida, estão Filipinas (2.302 permissões) e os trabalhadores do Reino Unido, 2.083.

- A vinda de trabalhadores dos EUA está relacionada aos investimentos feitos pelas empresas e também porque a maior parte de artistas que vêm ao Brasil são daquele país - disse o coordenador-geral de Imigração do ministério, Paulo Sérgio de Almeida.

A maioria dos trabalhadores que receberam permissão de trabalho tem nível superior completo, ou ensino médio ou técnico. Dos 32 mil, 28.734 se enquadram nesses níveis de escolaridade.

Por tipo de função a que se destinam, o trabalho a bordo de embarcação ou plataforma estrangeira ainda absorve a maioria dos estrangeiros, com 8.257 deles autorizados a trabalhar temporariamente no país. Do total de autorizações temporárias, 6.713 estão ligadas à assistência técnica por prazo de até 90 dias (sem vínculo empregatício) e 5.696, a artistas ou desportistas.

Rio é o estado que mais atrai

A maioria das autorizações de trabalho temporário foi para os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, com 11.896 e 10.943, respectivamente.

O ministério informou ainda que, no primeiro semestre, 490 investidores pessoa física foram autorizados a trabalhar no país e trouxeram R$ 107,8 milhões. Os italianos foram os que mais direcionaram recursos, com R$ 25,5 milhões, seguidos por portugueses, com R$ 25,3 milhões, e chineses, com R$ 11,4 milhões.