Título: 'As fraudes não foram produto do acaso ou de falhas', diz Rosa
Autor: Brígido, Carolina; Souza, André De
Fonte: O Globo, 06/09/2012, O País, p. 11

Rural fez empréstimos fictícios de R$ 32 milhões ao PT e a Marcos Valério.

De acordo com o voto do relator Joaquim Barbosa, os empréstimos foram concedidos pelo Banco Rural, em 2003, em desobediência a recomendações do próprio Banco Rural e a normas do Banco Central. O PT recebeu R$ 3 milhões, a SMP&B recebeu R$ 19 milhões e a Graffiti, R$ 10 milhões. Os empréstimos foram renovados a cada 90 dias até 2005, mesmo sem a apresentação de garantias mínimas por parte dos tomadores. Ao fim das renovações, os valores das operações alcançavam R$ 58,9 milhões.

Dias Toffoli considerou as condutas de Kátia Rabello, José Roberto Salgado e Vinicius Samarane "divorciadas das normas e regulamentos que regem a atividade bancária".

Para a ministra Rosa Weber, com a exceção de Ayanna Tenório, toda a diretoria estava envolvida nas irregularidades:

- As fraudes havidas no Banco Rural não foram produto de acaso ou de falhas não intencionais, mas sim de agir criminoso deliberado.

Cármen Lúcia disse que Samarane deve ser condenado por ter "praticado o ato de omitir dados":

- Mesmo ele tendo sido alçado à condição de diretor apenas em abril de 2004, ele participou não apenas da feitura dos relatórios como era o responsável por receber as primeiras apresentações e depois agir com o conselho de administração para se chegar a este relatório final.