Título: Barbosa classifica como devastador e vital depoimento de ex-superintendente do Rural
Autor: Lima, Maria; Pereira, Paulo Celso
Fonte: O Globo, 12/09/2012, O País, p. 14

Márcio Thomaz Bastos tinha chamado Godinho de falsário e autor de intrigas e fofocas.

Apontado pelo advogado Márcio Thomaz Bastos como falsário e autor de intrigas e fofocas, Carlos Roberto Godinho, o ex-funcionário do Banco Rural que denunciou irregularidades na instituição, parece ter crédito com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa. Seu depoimento, no entendimento do relator, foi devastador e vital para o pedido de condenação não só do cliente de Thomaz Bastos - José Roberto Salgado, ex-vice-presidente do Banco Rural - como de outros ex-dirigentes do banco.

Barbosa também ignorou a estratégia de outros advogados de minimizar a relevância de seus clientes, como o caso de Geiza Dias, ex-gerente da SMP&B, chamada de funcionária mequetrefe por seu próprio advogado. Geiza foi condenada pelo relator pelo crime de lavagem de dinheiro.

Godinho foi superintendente do Rural e processado por ex-dirigentes do banco por ter dado declarações sobre como funcionava a simulação dos empréstimos da instituição. Uma das ações buscava proibi-lo de dar entrevistas. Godinho é tido como a principal testemunha contra a direção do Rural, de onde saiu em 2005.

Bastos afirmou, no STF, que Godinho era um falsário, um funcionário de terceiro escalão que fazia se passar por diretor, tendo sido posto para fora.

Barbosa discorda:

- Tudo que foi exposto demonstra a ocorrência do crime de lavagem e a autoria dos réus. Para reforçar tal conclusão, cito o devastador depoimento de Carlos Roberto Sanches Godinho.