Título: Mortalidade na infância no Brasil cai 73% nas duas últimas décadas
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Fonte: O Globo, 14/09/2012, O País, p. 6

Relatório do Unicef põe país em quarto lugar na prevenção de doenças.

No Brasil, o número de mortes de crianças com menos de 5 anos caiu 73% nas últimas duas décadas, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Os dados colocam o país em quarto lugar no ranking de avanços, atrás apenas da Turquia, do Peru e de El Salvador na relação das nações que mais obtiveram conquistas na prevenção de doenças infantis.

Em 1990, foram registradas 58 mortes em cada grupo de mil crianças. Já em 2011, foram 16 mortes para cada mil crianças. No entanto, as famílias no Brasil ainda perdem muitos bebês devido às chamadas causas neonatais - problemas ocorridos no pós-parto.

Os dados estão no Relatório de Progresso 2012, intitulado "O compromisso com a sobrevivência da criança: Uma promessa renovada". O documento lista fatores que contribuíram para a redução das estatísticas: "No Brasil, programas comunitários e estratégias de saúde para a família foram implementados desde a década de 90 para oferecer cuidados de saúde primários (à população). Isso ajudou a expandir o acesso aos serviços de saúde, reduzir as desigualdades na cobertura e cortar as taxas de mortalidade infantil". Também ajudaram a diminuir as mortes, diz o relatório, as "melhorias nos serviços de saneamento básico (...) e o crescimento na renda das famílias".

queda no cenário mundial

A publicação, porém, também menciona o elevado número de mortes de crianças devido à diarreia e à pneumonia, assim como a doenças sem definições específicas.

A assessoria do Unicef informou que os números oficiais de cada país nem sempre são iguais aos usados pelo organismo, pois há uma adequação técnica para fazer a comparação entre as nações.

Nos últimos 20 anos, houve queda da mortalidade na infância na maior parte dos países examinados pelo Unicef. Os dados mostram que as mortes de crianças com menos de 5 anos caíram de 12 milhões, em 1990, para 6,9 milhões, em 2011.