Título: Em Belém, decisão será entre candidatos de PSOL e PSDB
Autor: Voitch, Guilherme
Fonte: O Globo, 08/10/2012, País, p. 27

Líder nas pesquisas, Edmilson Rodrigues decide 2º turno com Zenaldo Coutinho

A eleição para prefeito de Belém será decidida no segundo turno entre Edmilson Rodrigues (PSOL) e Zenaldo Coutinho (PSDB). Ex-prefeito da capital paraense pelo PT em duas oportunidades, Edmílson teve 32,58% do total de votos, contra 30,67% do deputado federal tucano. Jefferson Lima (PP) ficou na terceira colocação com 12,89%, e José Príante (PMDB) acabou em quarto lugar, com 8,79% dos votos. Os votos brancos e nulos somaram 6,62%.

Em busca de Alianças

Edmílson liderou as pesquisas de intenção de voto durante todo o processo e chegou a ter, no começo de setembro, 47% das intenções de voto, segundo o Ibope. Coutinho por outro lado, começou com 12% das intenções de voto e foi crescendo aos poucos.

- Estou muito feliz porque terminei em primeiro lugar com pouco mais de um minuto na televisão. Enfrentamos as máquinas municipal, estadual e da União. E ganhamos. Agora vamos para o 2º turno - disse Edmílson, que tem como principal trunfo suas duas administrações na cidade.

Zenaldo Coutinho foi na mesma linha:

- Agora, como são somente dois candidatos, vai ser mais simples para mostrarmos as nossas propostas.

Para o segundo, a tendência é de que Edmílson busque o apoio do PT, que teve 3% dos votos com o ex-vereador Alfredo Costa.

- Ele é meu amigo pessoal. Vamos conversar - disse Edmílson Rodrigues. Apesar da proximidade com a militância petista, Edmílson tem divergências com a cúpula do partido, liderada pela ex-governadora Ana Júlia.

Já Zenaldo Coutinho, que conta com o apoio do governador Simão Jatene e dos senadores Fleixa Ribeiro e Mário Couto, todos tucanos, deve buscar uma aproximação com o PP e o PMDB, de Lima e Priante. O candidato aposta no discurso da união e afirma que que vai trabalhar em parceria com os governo federal, estadual e municipal. Durante a campanha, Coutinho fez inclusive elogios à presidente Dilma Rousseff.