Título: Brasil é o 69º no ranking de percepção da corrupção
Autor: Braga, Isabel
Fonte: O Globo, 06/12/2012, País, p. 7

A ONG Transparência Internacional divulgou nesta ontem o Índice de Percepção da Corrupção 2012. No estudo em que analisa a percepção sobre a corrupção no setor público em 176 países, o Brasil aparece em 69ª posição no ranking. Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia ficaram empatados em primeiro lugar. Quanto mais perto do topo, menor a percepção de que o país é corrupto.

Em comparação com países da América, o Brasil ficou atrás do Chile e Uruguai (empatados em 20º lugar), Porto Rico (33º), Costa Rica (48º) e Cuba (58º). Ficou à frente de Panamá, El Salvador e Peru (empatados na 83º colocação) e Argentina (102º).

Dois terços dos 176 países analisados obtiveram uma pontuação inferior a 50, numa escala que vai de 0 (percepção de altos índices de corrupção) a 100 (percepção de baixos índices de corrupção). Segundo a ONG, isso sinaliza que as instituições públicas devem incrementar sua transparência e que os funcionários em postos de poder devem prestar contas de maneira mais rigorosa. Com 43 pontos, o Brasil está incluído nestes dois terços que obtiveram índice inferior a 50. Nas Américas, 66% dos países avaliados ficaram abaixo desta pontuação.

Em 2011, Brasil estava em 73º

Entre os países do Brics, Brasil e África do Sul estão nas melhores colocações, empatados no 69º lugar. A China aparece em 80º, a Índia em 94º e a Rússia em 133º. Em relação aos países que integram o G20 (as vinte maiores economias do mundo), O Brasil aparece no 11º lugar. O primeiro, em que há menos percepção de corrupção, é a Austrália.

No ano passado, o Brasil ficou na 73ª colocação, mas como houve mudança na metodologia do estudo e não podem ser feitas comparações, não se pode dizer que houve melhoras no país.

As piores posições no ranking são ocupadas pelo Afeganistão, Coreia do Norte e Somália, todos empatados com 8 pontos. De acordo com a ONG, nesses países, a ausência de instituições públicas eficientes e líderes responsáveis por suas ações destacam a necessidade de tomar uma posição mais firme contra a corrupção. Nas Américas, a pior colocação ficou com a Venezuela e o Haiti (empatados em 165º lugar).