Título: CNJ: dez magistrados recebem punições
Autor:
Fonte: O Globo, 29/12/2012, País, p. 6

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) puniu, em 2012, seis magistrados com a aposentadoria compulsória, a mais alta punição possível para um juiz. As condenações foram definidas apenas neste ano, após trâmite de processos disciplinares abertos entre 2009 e 2011, para apurar casos de venda de sentenças e favorecimento indevido. Um caso de assédio também foi punido pelo CNJ.

Entre os casos definidos este ano está o do desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) Roberto Wider, condenado por ter nomeado para comandar cartórios do Rio dois advogados sem serem aprovados em concurso público, além de ter favorecido um lobista em decisões judiciais e administrativas.

As denúncias foram feitas pelo GLOBO. Wider sempre se disse inocente.

Além dos seis que foram aposentados compulsoriamente, dois outros foram condenados à remoção (transferência obrigatória do juiz para outro local) e dois sofreram censura, uma advertência.

PROCESSOS AINDA EM CURSO

Foram abertos 11 processos administrativos disciplinares neste ano, que ainda estão em curso, segundo o balanço do CNJ. Desses procedimentos, dois foram em tribunais de Minas Gerais; dois no Piauí; um no Rio Grande do Norte; dois no Tocantins; dois no Ceará e dois no Maranhão. Atualmente, segundo o CNJ, há 26 processos administrativos em curso no Conselho, abertos neste e em outros anos.

Além de Roberto Wider, foram aposentados compulsoriamente este ano desembargadores da Bahia, do Maranhão, de Goiás e de Tocantins.