Título: American e US Airways se unem e criam a maior aérea do mundo
Autor: Nogueira, Danielle
Fonte: O Globo, 15/02/2013, Economia, p. 22

A American Airlines e a US Airways comunicaram oficialmente ontem a fusão entre as duas empresas, o que dará origem à maior companhia aérea global tanto em tráfego de passageiros como em receita. Juntas, as duas faturam US$ 39 bilhões por ano, considerando números de 2012. A alemã Lufthansa - que hoje lidera o ranking, segundo dados da Bloomberg News - cairá para segundo, com US$ 38 bilhões. United (US$ 37,2 bilhões) e Delta (US$ 36,7 bilhões) vêm em seguida.

Considerando o critério de tráfego, os últimos números disponíveis são da Iata, a associação internacional do setor, e se referem a 2010. Naquele ano, a American ocupava o terceiro lugar da lista, atrás das rivais United e Delta. Aqui multiplica-se o número passageiros pagantes pelos quilômetros voados, o chamado RPK. Segundo a agência de notícias Reuters, a American terá tráfego de passageiros 2% maior que a United, após a fusão, por esse critério.

A operação vai permitir que a American conclua o processo de concordata, iniciado em novembro de 2011. O negócio será limitado à troca de ações e criará uma empresa com valor de mercado de US$ 11 bilhões. Os credores da American ficarão com 72% da nova companhia, e 28% irão para os acionistas da US Airways. A sinergia trará uma economia de US$ 1 bilhão por ano a partir de 2015.

Superposição de 12 rotas

A transação depende da aprovação das autoridades regulatórias americanas, mas se espera que esteja concluída até o terceiro trimestre deste ano. A marca American Airlines será preservada, e a companhia permanecerá membro da OneWorld. A US Airways era membro da Star Alliance.

A nova companhia terá 94 mil empregados, 950 aviões e 6.700 voos diários. A sede será em Dallas, no Texas. O diretor-executivo da US Airways, Doug Parker, terá o mesmo cargo na nova companhia. Tom Horton, diretor-executivo da American e de sua controladora, a AMR, ficará na presidência do Conselho de Administração até 2014.

- Uma das coisas boas é o quão complementar as rotas são - disse Parker à Bloomberg. - De cerca de 900, só 12 se justapõem, o que é fenomenal.