Título: Fornecedores podem suspender serviços
Autor: Corrêa, Marcello; Ordoñez, Ramona
Fonte: O Globo, 12/03/2013, Economia, p. 21

Caso o governo do estado não retome os pagamentos que foram suspensos pelo governador Sérgio Cabral na semana passada por causa da queda de arrecadação dos royalties, os serviços públicos do Rio podem começar a serem cortados em abril. A Associação das Empresas Prestadoras de Serviços do Rio de Janeiro (Aeps) decidiu ontem manter os serviços que presta a órgãos públicos como escolas, creches, presídios e hospitais, mas apenas dentro da capacidade de cada empresa. Ou seja, no próximo mês, diversos serviços públicos podem parar.

- Se as empresas tomassem a mesma decisão do governo, ou seja, romper contratos, seria o caos. Então, pensando na população, vamos manter os serviços, mas até o limite de nossa capacidade - afirmou José de Alencar Leite Magalhães, diretor-executivo da entidade.

Ele disse que a maior parte das empresas não terá problemas em março pois o pagamento dos salários já foi feito até o dia 5. Mas, argumenta, como a suspensão dos pagamentos ocorreu no dia 7 - quando deixaram de ser pagos R$ 82 milhões dos R$ 470 milhões estimados para o mês -, muitas empresas estão com as finanças comprometidas e sem crédito bancário:

-Vamos ver se teremos o pagamento normalizado até o dia 17. Caso não tenhamos nada, vamos entrar na Justiça, pedindo inclusive perdas e danos - disse.

Magalhães contou que o sindicato dos trabalhadores em empresas de limpeza deve fazer, nesta semana, uma paralisação diante da Alerj, para protestar contra o corte de pagamento que ameaça seus empregos. O governo não comentou a decisão da associação nem a greve.

(Henrique Gomes Batista)