Título: Henrique Alves diz que ainda avaliará futuro de comissão
Autor: Braga, Isabel; Éboli, Evandro
Fonte: O Globo, 15/03/2013, País, p. 5

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), chamou ontem o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) para discutir o clima de confronto na Comissão de Direitos Humanos, presidida pelo parlamentar e pastor. Feliciano não comentou o encontro, mas Henrique Alves disse que irá aguardar os próximos dias para avaliar a situação. Por ora, Feliciano permanece na presidência da comissão das minorias.

- Ontem (quarta-feira) me reuni com os deputados Jean Wyllys (PSOL-RJ) e Erika Kokay (PT-DF), entre outros que representam esse segmento, e hoje (ontem) ouvi o deputado Feliciano. Fiz ver a ambos que estamos preocupados com o que ocorreu. Esta Casa precisa de equilíbrio, moderação e responsabilidade. É a imagem da Casa que está em jogo. Todos têm que colaborar para que o clima seja amenizado - disse o presidente da Câmara, que comentou o tumulto na comissão, com brigas entre deputados, bate-boca e protestos: - Foram cenas lamentáveis. Houve erro das duas partes. Cada ação levou a uma reação. É um radicalismo não compatível. Vamos aguardar.

Perguntado sobre o que pode ocorrer se o clima de guerra não mudar, respondeu:

- Sou um otimista. Mais que você.

Mais cedo, Feliciano disse que não renunciaria à presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. O líder do PSC, André Moura, defendeu-o.

- A confusão que aconteceu na comissão foi provocada por deputados. E não pelos manifestantes. O Bolsonaro (Jair Bolsonaro) e o Dutra (Domingos Dutra) é que quase foram às vias de fato. Temos que controlar os deputados e não os manifestantes, que fizeram seus protestos legítimos - disse André Moura.