Título: Contribuição cresce 23% em setembro
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Fonte: Valor Econômico, 13/11/2008, EU& Investimento, p. D2

Em setembro, mês marcado pelo agravamento da crise financeira internacional, as contribuições para a previdência privada somaram R$ 2,4 bilhões, um crescimento de 23,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o mês anterior, também foi registrado aumento na captação, de 9%, segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).

Do total de contribuições, 75% foram para os planos VGBLs. O volume, de R$ 1,8 bilhão, é 28,4% maior que o registrado em setembro de 2007. Os PGBLs, voltados para quem declara o imposto de renda pelo formulário completo, atraíram R$ 355,1 milhões, aumento de 8,1% na comparação com o ano passado.

Já os planos tradicionais, que deixaram de ser vendidos pelas seguradoras, registraram expansão de 12,8% nas contribuições de setembro, para R$ 251,3 milhões. Os outros planos de previdência (Fapi, PGRP e VGRP) captaram R$ 1,6 milhão, ou 6,6% a mais que o registrado em setembro de 2007. Os dados consideram apenas as aplicações. A Fenaprevi não divulga a captação líquida, ou seja, já descontados os resgates.

Entre as empresas que mais captaram, destaque para a Bradesco Vida e Previdência, com 36,45% da arrecadação, seguida por Itaú (17,85%), Brasilprev (13,38%), Caixa Vida & Previdência (8,86%), Unibanco (5,65%), HSBC (4,36%), Santander (4,15%) e Real Tokio Marine (2,67%).

No acumulado do ano, até setembro, as contribuições somaram R$ 22,6 bilhões, um crescimento de 19% em relação ao volume registrado entre janeiro e setembro de 2007. O VGBL atraiu R$ 16,9 bilhões, com alta de 25,6%, e o PGBL, R$ 3,2 bilhões, crescimento de 6,93%. Já os planos tradicionais somaram R$ 2,44 bilhões, com uma queda de 2,16%.

No fim de setembro, os recursos acumulados pelos participantes do mercado, também conhecidos como provisões, atingiram R$ 135,8 bilhões, valor 20,6% maior do que o de um ano atrás. A carteira de investimentos, que inclui reservas técnicas, livres e capital das seguradoras, chegou a R$ 140,7 bilhões.