Título: Receita da TIM no Brasil tem aumento de 50%
Autor: Taís Fuoco* e Heloisa Magalhães
Fonte: Valor Econômico, 25/02/2005, Empresas &, p. B4
O grupo Telecom Itália Mobile (TIM) divulgou ontem um lucro líquido total de 2,35 bilhões de euros em 2004, o que significa um acréscimo de cerca de 0,5% em relação ao ano anterior, quando o valor apurado foi de 2,34 bilhões de euros. De acordo com a companhia, o crescimento de 63% dos acessos na operação brasileira teve importante participação nesse resultado. Com o acréscimo de 5,3 milhões de novas linhas no ano passado, a TIM consolidou uma base total de 13,6 milhões de assinantes e alcançou uma participação de mercado de 20,7% no Brasil. As vendas totais da companhia cresceram 9,5% e alcançaram 12,9 bilhões de euros, sendo que, no Brasil, a receita de vendas foi de R$ 6,6 bilhões, valor 49,9% superior ao de 2003. Segundo a companhia, foram feitos investimentos de R$ 2,98 bilhões na operação brasileira em 2004, o que representa um aumento de 50% em relação ao montante investido no ano anterior. "Investimentos significantes e esforços focados na operação de GSM tiveram destaque no último trimestre", diz o texto de apresentação dos resultados da companhia. "O grupo TIM é o primeiro em GSM no Brasil, com 8,8 milhões de acessos nessa tecnologia ao fim de 2004", destaca a empresa. A meta em 2005 é continuar expandindo a base de clientes num mercado, que, segundo a companhia, ainda estará com competição acirrada e pressão sobre as margens. O lucro operacional bruto da empresa no Brasil foi de R$ 1,13 bilhão, o que, segundo a empresa, representou um crescimento de 150% em relação aos valores do ano anterior. A receita operacional foi negativa em R$ 358 milhões em 2004, ante um valor negativo de R$ 677 milhões em 2003. No âmbito global, a Telecom Italia , controladora da empresa de telefonia móvel, pretende realizar a fusão das duas companhias após comprar uma participação minoritária na Telecom Italia Mobile em uma oferta em dinheiro e ações no valor de 21 bilhões de euros. A Telecom Italia, que anteriormente detinha 56% da divisão de celulares, espera que o fluxo de caixa anual de 3,8 bilhões de euros da divisão de telefonia celular impulsione os lucros do grupo e a ajude a pagar suas dívidas, que, segundo previsão da empresa, devem alcançar 44 bilhões de euros após a conclusão da transação, em junho. (Com agências internacionais)