Título: Petrobras recebe proposta para refinaria no Iraque
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 09/04/2009, Empresas, p. B7

O governo do Iraque quer o apoio da Petrobras para a construção de uma refinaria para processamento de pelo menos 200 mil barris diários de derivados. O ministro do Planejamento iraquiano, Ali Ghalib Baban, reuniu-se esta semana com representantes da estatal para propor a realização do projeto e revelou que a companhia comprometeu-se a criar uma comissão para discutir o assunto.

A proposta iraquiana contempla três alternativas para o desenvolvimento do projeto. Baban explicou que a companhia poderá bancar sozinha o investimento, se associar em uma joint venture ao governo iraquiano ou buscar financiamentos para construção e que seriam pagos pelo governo do Iraque. Em todos os casos, o petróleo seria vendido a preços subsidiados para a refinaria, que teria liberdade de praticar preços de mercado para venda de derivados.

"Não vamos colocar condições em relação aos preços praticados (pela refinaria)", ressaltou Baban, que participou de encontro com representantes da indústria brasileira, promovido pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip). O ministro não estipulou prazo para a entrada em operação da unidade, mas garantiu que o conteúdo refinado poderá ser destinado tanto ao mercado interno, quanto para exportação.

O objetivo do governo iraquiano é produzir diversos derivados, principalmente gasolina. Baban disse que há conversas com outras empresas internacionais que poderiam operar refinarias no país e que a Petrobras poderá, se desejar, estudar atuação em outros setores da indústria petrolífera no Iraque.

Os preços do petróleo registraram ligeira valorização ontem, mesmo com o aumento dos estoques de óleo e gasolina nos Estados Unidos. Os agentes do setor avaliaram que a alta nos estoques foi menor do que o esperado e que as reservas de WTI em Cushing recuaram pela terceira semana seguida.

O contrato de WTI negociado para maio na Bolsa de Nova York fechou o pregão com alta de 23 centavos de dólar, cotado a US$ 49,38. Em Londres, o barril de Brent para o próximo mês ganhou 37 centavos de dólar, fechando a US$ 51,59.