Título: Caem os pedidos de seguro-desemprego no país
Autor: Coy,Peter
Fonte: Valor Econômico, 08/05/2009, Especial, p. A14

O número de americanos que entraram com pedidos iniciais de seguro-desemprego caiu na semana passada, contrariando as expectativas, para seu nível mais baixo dos últimos três meses. Isso parece ser um sinal de que a pior fase do fechamento de postos de trabalho nos EUA pode já ter ficado para trás.

O número de pedidos iniciais do benefício caiu em 34 mil, para 601 mil solicitações, na semana encerrada a 2 de maio. Esse é o menor contingente desde o final de janeiro, e deve ser comparado ao total corrigido de 635 mil solicitações alcançado na semana anterior, disse o Departamento do Trabalho em Washington.

O cadastro total de pessoas que recebem seguro-desemprego cresceu para 6,35 milhões na semana anterior, seu 14º recorde consecutivo, o que mostra que as empresas ainda não estão contratando, embora tenham desacelerado os cortes de seus quadros de funcionários.

A queda das demissões reduz o risco de que o aumento dos gastos do consumidor norte-americano seja abortado. Economistas consultados pela Bloomberg News preveem que o relatório das folhas de pagamento, a ser divulgado amanhã, mostrará que a taxa de desemprego norte-americana subiu para seu maior patamar dos últimos 25 anos em abril, indicando que o mercado de trabalho será uma das últimas áreas a sair da atual recessão, a pior do último período de pelo menos 50 anos.

"Estamos prevendo danos muito menores à economia daqui para a frente", disse Christopher Low, economista-chefe do FTN Financial de Nova York. Embora haja uma "probabilidade muito grande" de que a taxa de desemprego supere os 10% antes de cair, disse ele, "a boa notícia é que temos menor probabilidade de que ela avance para muito além dos 10%".

A produtividade, um indicador da produção de cada funcionário por hora, subiu para a taxa anualizada de 0,8% no primeiro trimestre, comparativamente à queda de 0,6% apurada para o quarto trimestre. Os custos com mão-de-obra cresceram 3,3%, contra a alta de 5,7% registrada nos três meses anteriores.

Em outro dado divulgado ontem, o Credit Suisse disse que as novas encomendas encaminhados à indústria de transformação em abril cresceram mais que a produção, pela primeira vez em 14 meses, simultaneamente na China e nos EUA.