Título: Multinacional estuda fechar fábricas
Autor: Claudia Facchini
Fonte: Valor Econômico, 10/03/2005, Empresas &, p. B3
Daniel Carp, presidente executivo da Kodak, decidiu que irá reduzir em 25% o "chão de fábrica" do grupo para elevar a produtividade. Uma das oito fábricas de papel fotográfico da empresa no mundo fica no Brasil, em São José dos Campos, interior de São Paulo. Mas o seu destino ainda não foi definido. "Não há nenhuma decisão tomada a este respeito, sobre o fechamento ou não da unidade", diz Flávio Gomes, diretor geral de vendas da divisão de fotografia da Kodak no Brasil. Carp, executivo de carreira da Kodak, surpreendeu o mercado ao anunciar, em 2003, um plano para reduzir os dividendos em 72% e desembolsar US$ 3 bilhões em aquisições de empresas digitais em três anos. A Kodak quer ser uma companhia de imagem digital. A empresa tenta alcançar as suas concorrentes depois de ter subestimado a popularidade das câmeras digitais e o rápido declínio das vendas de filmes, segundo a agência de notícias Bloomberg. Mas as aquisições feitas por Carp também levaram a Fitch Ratings a baixar, em fevereiro deste ano, a classificação de risco da Kodak. Neste ano, a companhia já anunciou a compra da empresa de tecnologia Creo, por US$ 980 milhões. Um artigo publicado pelo jornal "New York Times" em fevereiro sugere que a Kodak pode ser, ao contrário, um alvo de aquisições. Segundo o jornal americano, uma das alternativas para a Hewlett-Packard, após a saída da executiva Carly Fiorina, pode ser a compra da Kodak ou da Xerox , o que aumentaria a rentabilidade da divisão de impressoras, tinta e imagem.