Título: Grupo J. Pessoa terá mais uma usina
Autor: Mônica Scaramuzzo
Fonte: Valor Econômico, 10/03/2005, Agronegócios, p. B9
O empresário José Pessoa de Queiroz Bisneto, presidente do grupo J. Pessoa, negocia a implantação de sua 11ª usina. Sem detalhar investimentos, Pessoa disse que a unidade deverá ser construída no oeste paulista em sociedade com um empresário do setor. Hoje o grupo tem oito usinas em operação e projetos para outras três - a Ema, em Santo Antônio do Aracanguá, (SP), a Quissamã, no Rio, e a nova usina em negociação. No fim de 2004, o empresário teve que desfazer a compra de 46,5% de participação da usina Alcoazul, de Araçatuba (SP). O direito de compra da usina estava sendo reivindicado pelos sócios restantes da empresa, que entraram na Justiça para resolver a questão, explicou Fernando Perri, diretor do grupo J. Pessoa. Pessoa disse que o projeto do grupo é investir em usinas com porte médio, com capacidade de moagem entre 1,5 milhão e 2 milhões de toneladas. O grupo também aposta na parceria com produtores de cana. Hoje, 85% da cana processada pelo grupo é própria e 15% de fornecedores terceirizados. A proporção deverá aumentar a favor dos terceirizados, disse Pessoa. A usina Everest, instalada em Penápolis (SP), que deve entrar em operação nesta safra, conta com 50% de produtores terceirizados. "Estamos pedindo o apoio da Orplana (que reúne os fornecedores do Centro-Sul) para expandir nossa parceria", afirmou Pessoa. Nessa primeira etapa, a Everest deverá processar 500 mil toneladas de cana, atingindo 1,5 milhão de toneladas nos próximos três anos. Em maio, o empresário deverá participar da missão que o presidente Lula levará ao Japão. Segundo ele, o governo poderá voltar ao Brasil com o programa de exportação de álcool fechado para aquele país. Eduardo de Carvalho, presidente da União das Agroindústrias Canavieiras de São Paulo (Unica), disse que o álcool está entre os principais assuntos da pauta, mas não é garantido que o programa de exportação seja fechado na viagem. "O assunto álcool foi amplamente debatido durante a visita do primeiro-ministro do Japão Junishiro Koizumi ao Brasil no ano passado. Deveremos voltar do Japão com um indicativo positivo sobre esse programa". (MS)