Título: Taxa de desemprego permanece estável pelo 2º mês seguido
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 24/06/2009, Brasil, p. A3

A taxa média de desemprego do país ficou estacionada em 15,3% em maio, estável pelo segundo mês consecutivo. Foi o que mostrou a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que avalia seis das principais regiões metropolitanas do país. Os dados mostram que 3,096 milhões de pessoas estavam desempregadas no mês passado, 17 mil a mais do que no mês anterior.

Na comparação desse contingente com aquele registrado há um ano, o aumento no desemprego é mais marcado. Em maio de 2008, estas mesmas seis regiões contavam 2,945 milhões de desempregados.

Nas seis regiões metropolitanas pesquisadas, o nível de desemprego apresentou movimento diferenciado na comparação entre abril e maio.

A taxa de desocupados subiu em Belo Horizonte (10,8% para 11%), Porto Alegre (12,1% para 12,6%) e Salvador, de 20,5% para 21,6%. E caiu no Distrito Federal (17,5% para 17%), Recife, de 20,7% para 20,4% e São Paulo (15% para 14,8%).

Em maio, o mercado das seis regiões abriu 80 mil vagas, insuficientes para absorver as 97 mil pessoas que entraram no mercado de trabalho.

O setor de serviços foi o que mais cresceu, ao gerar 60 mil postos, seguido pela construção civil, com 19 mil empregos, e outros setores (no qual se enquadra o empregado doméstico), com 12 mil vagas.

A pesquisa do Dieese indica que foram criados 5 mil postos no comércio e a indústria cortou 16 mil funcionários em maio.

Em relação à renda dos trabalhadores, o Dieese mostra que no mês de abril, no conjunto das regiões pesquisadas, o rendimento médio real dos ocupados teve alta de 0,3% e passou a valer R$ 1.210, enquanto o dos assalariados subiu 1%, para R$ 1.288. Em São Paulo, o rendimento médio real dos ocupados avançou 0,9%, indo para R$ 1.253, e o dos assalariados subiu 1,6%, indo para R$ 1.312.