Título: País deve ser 12ª maior economia do mundo
Autor: Sergio Lamucci e Denise Neumann
Fonte: Valor Econômico, 01/04/2005, Brasil, p. A3

O Brasil passou da 15ª para 12ª posição entre as maiores economias do mundo no ano passado, quando registrou um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 1,769 trilhão, 5,2% maior do que em 2003. De acordo com cálculos do economista Alex Agostini, da GRC Visão Consultoria, o PIB em dólares do país chegou a US$ 605 bilhões. Com isso (e considerando os dados até agora conhecidos das demais economias) o país teria superado as economias da Índia, Coréia do Sul e Holanda que em 2003 ficaram à frente do Brasil. Com a subida no ranking, o país retorna à posição que ocupava em 2002, mas ainda permanece distante do 8º lugar que ocupou em 1998. Entre as 10 maiores potências econômicas do mundo, a única mudança constatada pela consultoria foi uma troca de posições entre a Espanha e Canadá. O país europeu subiu à 8ª posição, deixando o Canadá em 9º lugar. Os dois tiveram a mesma taxa de crescimento (2,7%), mas a Espanha foi beneficiada pela valorização do euro frente ao dólar canadense e também pela taxa de inflação. O primeiro lugar no ranking continua ocupado pelos Estados Unidos, com um PIB de US$ 11,757 trilhões em 2004, seguido pelo Japão, com US$ 4,780 trilhões e Alemanha US$ 2,734 trilhões. A China está em sétimo lugar, com PIB US$ 1,543 trilhão. Abaixo dos 10 maiores, o destaque foi a Coréia do Sul que caiu do 11º para o 14º lugar, além do Brasil com alta de três posições. Para este ano, Alex Agostini não espera grandes mudanças no ranking. Segundo ele, para subir novas posições o Brasil teria que registrar uma taxa de crescimento pelo menos igual a dos demais países emergentes, desempenho difícil, na visão de Agostini, em função das altas taxas de juros. Ele lembra que enquanto a previsão de crescimento do PIB brasileiro para 2005 é de 3,5%, países como Argentina, Chile, China, Coréia do Sul, Índia, México e Rússia projetam crescimento médio de 5,2%. No ano passado, esse grupo registrou expansão média de 5,9%, contra 5,2% do Brasil.