Título: Ex-controladora deixa negócio de panelas
Autor: Claudia Facchini
Fonte: Valor Econômico, 04/05/2005, Empresas &, p. B8

A Panex possui uma história de idas e vindas. A fabricante brasileira de panelas foi comprada em 1998 pela Newell Rubbermaid, multinacional americana que fatura aproximadamente US$ 7 bilhões por ano e atua em vários segmentos, como produtos de escritório, decoração, infantis e utensílios domésticos. O grupo investiu no país durante os áureos tempos do Plano Real, mas decidiu desfazer-se da Panex no ano passado, quando optou por sair mundialmente do negócio de panelas. Mas antes de ser vendido para um comprador estratégico, como a SEB, o controle da Panex voltou para as mãos do seu antigo controlador, o empresário Nelson Cury, que adquiriu a companhia no início de 2004 com o empresário Emmanuel Sobral, ex-presidente da Invicta. Segundo informações veiculadas na internet, a Panex é a maior fabricante de panelas de pressão do mundo, com uma produção de três milhões de unidades por ano. Com a aquisição da empresa, a SEB, que é dona da marca de panelas com películas anti-aderentes T-Fal, entra em segmentos mais populares, como panelas de alumínio. Antes de vender a Panex para a Newell, Nelson Cury saiu às compras. O empresário adquiriu a Colck em 1992. Em seguida, em 1996, a Panex comprou a marca Rochedo da multinacional americana Alcan, produtora de alumínio, e a Penedo, então a concorrente, conquistando a liderança no mercado de panelas. Na época em foi vendida para a Newell, a empresa apresentava um forte ritmo de expansão, com um crescimento de cerca de 30% ano ano. A Panex também sempre adotou uma estratégia agressiva. Em 1982, a empresa lançou uma linha de panelas com revestimento anti-aderente Teflon, película que pertence a DuPont e que na época era uma inovação para o mercado. Segundo Márcio Cunha, presidente para a América Latina da SEB, a empresa não compra no Brasil a película Teflon da DuPont, mas não descarta manter o contrato de fornecimento. (CF)