Título: Petrobras e Halliburton fecham acordo sobre pendências em plataformas
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Fonte: Valor Econômico, 14/10/2004, Empresas & Indústria, p. B-7

A Petrobras informou ter chegado a um acordo preliminar, sem compromisso definitivo, com a Halliburton e sua subsidiária KBR para resolver pendências relativas ao projeto de desenvolvimento dos campos brasileiros Barracuda-Caratinga. A empresa americana foi encarregada da construção das plataformas P-43 e P-48, que deveriam estar operando no início de 2004. A Halliburton, porém, atrasou a entrega. Os prazos e as penalidades previstas em contrato são os objetos das pendências. Conforme nota enviada hoje pela petrolífera brasileira, após sucessivas e "exaustivas" negociações, as partes chegaram ao acordo com vistas a resolver todas as diferenças ainda pendentes. "Os termos e condições do acordo estão sujeitos à aprovação dos financiadores e a uma redação final do acordo. As negociações entre todas partes já se iniciaram com o objetivo de emendar todos documentos nos próximos meses". De acordo com o comunicado da Petrobras, o acordo prevê compensar a KBR "por certos trabalhos adicionais" e estabelece "novos marcos e penalidades" para viabilizar a operação das plataformas ainda neste ano. A idéia é lançar os primeiros navios de Barracuda em 1º de agosto, e de Caratinga em 28 de setembro, de 2004 (Caratinga) "de forma que o primeiro petróleo possa fluir aos 10 de outubro de 2004 e 6 de dezembro de 2004, em Barracuda e Caratinga, respectivamente". A Petrobras garante que as duas unidades de produção já estão sendo convertidas nos estaleiros da Mauá-Jurong em Niterói (P-43) e da BrasFELS em Angra dos Reis (P-48), e estão em estágio avançado de conclusão (90%)." Em nota distribuída hoje, a Halliburton prevê perdas operacionais adicionais relacionadas com o projeto, de US$ 62 milhões no primeiro trimestre, após uma revisão do plano em que se contemplaram estimativas de custo maiores e extensões do cronograma. "O pacto em princípio com a Petrobras, se consumado, deve significar uma redução significativa dos riscos remanescentes associados com o projeto, entre outros pontos", sustentou o diretor executivo da KBR, Randy Harl. Se o acordo não puder ser implementado, será realizado processo de arbitragem de acordo com as regras da Comissão das Nações Unidas para Leis de Comércio Internacional.