Título: Investidores buscam novas áreas fora de Goiás e Pará
Autor: Patrícia Nakamura
Fonte: Valor Econômico, 17/05/2005, Empresas &, p. B8

De olho no grande potencial mineral, empresas nacionais e internacionais parte em busca do níquel fora de Goiás e Pará, onde estão as maiores reservas brasileiras. Tocantins, Minas Gerais, Amapá e Piauí abrigam pesquisas de empresas como Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), Falconbridge e Inco. Procuradas pelo Valor, as empresas preferiram não se manifestar sobre seus projetos. "Há reservas enormes no Piauí, que passam agora por estudos químicos-físicos", afirmou Giles Carriconde Azevedo, secretário de geologia, mineração e transformação mineral (órgão do Ministério de Minas e Energia). Carriconde disse ainda que dos 700 pedidos de prospecção efetuados no ano passado, "grande parte" é voltada para projetos de níquel, cobre e cobalto, que não raro são encontrados juntos. Goiás, entretanto, continua atraindo boa parte das pesquisas. O estado abriga as maiores reservas do País, responsáveis por mais de 70% da produção nacional. Recentemente, a Metago (empresa pertencente ao governo goiano para exploração mineral) concedeu direitos de exploração de terra à empresa brasileira Prametalic. A produção é estimada em 5 mil toneladas anuais do mineral. As prospecções realizadas pelas "majors" (as grandes mineradoras mundiais), entretanto, podem não se converter em projetos de exploração. As áreas encontradas podem ser vendidas às conhecidas "juniors", empresas de menor porte que arregimentam investidores para viabilizar projetos. É o que aconteceu com a área da Onça Puma, encontrada pela Inco e vendida há 2 anos à Canico Resource. (PN)