Título: Bolsas seguem animadas nos EUA e paradas na Europa
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 17/05/2005, Finanças, p. C2

A semana das bolsas internacionais começou parada na Europa e com um rali nos Estados Unidos. Os pregões americanos foram animados ontem pelos lucros da varejista Lowe's e de uma análise favorável do semanário financeiro "Barron's" sobre o Citigroup. Além disso, os preços do petróleo permaneceram abaixo dos US$ 49 por barril, trazendo alívio aos setores cujos resultados são ajudados pelo custo mais barato dos combustíveis. O Dow Jones, principal indicador da Bolsa de Nova York, subiu 1,11%, para 10.252 pontos. O Standard & Poor's 500 avançou 1,01%, a 1.165 pontos. O Nasdaq Composto, termômetro do setor de tecnologia, teve ganho de 0,89%, a 1.994 pontos. Os papéis da Lowe's avançaram 5,5% com o anúncio de aumento de 31% nos lucros no primeiro trimestre. Os resultados do grupo varejista favorece a idéia de aquecimento da economia americana. As ações do Citigroup avançaram 1,9% e impulsionaram o índice Dow Jones, depois de o jornal "Barron's" informar que os dividendos do grupo financeiro devem subir no ano que vem. Segundo a publicação, os preços dos papéis da companhia podem subir 20% ou mais. Na Europa, o recuo nas ações de petrolíferas e bancos, em conjunto com a divulgação de fracos dados econômicos, puxaram as bolsas para baixo na segunda-feira. Para contrabalançar, resultados surpreendentes da Telefónica ajudaram a conter maiores perdas no dia. A baixa dos preços do petróleo ontem impactou diretamente as petrolíferas: as ações da Royal Dutch Shell caíram 0,54%, as da Total 0,92% e as da BP 0,94%. Os bancos britânicos tiveram fraca performance, com o Lloyds TSB perdendo 1,1%. O mercado europeu foi afetado também por dados divulgados sobre o fluxo líquido de capital para os EUA em março, que caiu para US$ 45,7 bilhões, o menor nível desde outubro de 2003. Os números, que ficaram um pouco abaixo do necessário para cobrir o déficit dos EUA de US$ 55 bilhões no mês e abaixo dos US$ 70 bilhões previstos, assustaram os investidores. Os resultados da Telefónica foram a boa notícia da segunda-feira. A companhia espanhola superou as expectativas com aumento de 36% no lucro do primeiro trimestre, com a ajuda do crescimento doméstico da unidade de linhas fixas e com a aquisição dos ativos da BellSouth na América Latina. Os papéis da empresa subiram 0,60%. Em Londres, o FTSE-100 ficou quase parado, exibindo irrelevante recuo de 0,05%, a 4.884 pontos. Em Paris, o CAC-40 registrou leve desvalorização de 0,17%, a 4.010 pontos. Já Frankfurt fechou no azul: o DAX teve alta de 0,32%, a 4.262 pontos.