Título: FAAP Júnior estimula prática da gestão empresarial consciente
Autor: Silvia Torikachvili
Fonte: Valor Econômico, 03/06/2005, EMPRESA & COMUNIDADE, p. F2

A FAAP Júnior é uma empresa de consultoria formada por alunos de todos os cursos da Fundação Armando Álvares Penteado. O objetivo é melhor capacitar os universitários que em breve estarão no mercado de trabalho. Mas quem também tira proveito dessa estrutura são as organizações sociais. São justamente as não-lucrativas os maiores clientes, que nada pagam pelo serviço - desde que estejam cadastradas. "Das empresas privadas cobramos cerca de 30% do que se cobra no mercado", calcula Fernanda Philbois, aluna do terceiro ano de administração e presidente da FAAP Júnior. A experiência pesa no currículo. "É uma forma de unir o mundo teórico ao universo profissional", explica Fernanda. "Quem chega ao mercado já desembarca com alguma experiência". A FAAP Júnior atende duas organizações sociais por semestre - tempo suficiente para analisar projetos, indicar caminhos e encaminhar soluções. "Fazemos um estágio dentro da própria faculdade, trocamos experiências com alunos de outros cursos e apresentamos soluções em conjunto", diz Fernanda. Cada projeto é diferente do outro, mas o objetivo é sempre o mesmo: proporcionar aos alunos a prática de atividades administrativas, financeiras e de marketing como forma de introduzir cada um na difícil realidade do mercado. A prática das empresas juniores a partir das universidades começou na França em 1967, mas só chegou ao Brasil quase vinte anos depois. Na FAAP e na Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) o sistema desembarcou em 1989 e, desde então, é um conceito que vem evoluindo. Se um maior número de universidades adotasse a prática, a empresa de consultoria júnior poderia ser ampliada e o serviço teria mais credibilidade, segundo Fernanda. Para agitar as empresas juniores, o UniEthos entrou em ação. A partir do projeto de Responsabilidade Social Empresarial na Universidade, lançado esta semana, as juniores poderão trabalhar diretamente com as empresas privadas. "Essa troca de experiências será benéfica para os dois lados", prevê Ricardo Young, presidente do UniEthos. (S.T.)