Título: Índices confirmam inflação menor ao consumidor
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 07/06/2005, Brasil, p. A3

Dois índices divulgados ontem mostram perda de força da inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), da Fundação Getúlio Vargas, referente à semana encerrada em 31 de maio caiu para 0,79%, taxa 0,20 ponto percentual abaixo da apuração anterior. E o Índice do Custo de Vida (ICV), medido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômicos (Dieese) na cidade de São Paulo, ficou em 0,39% em maio, diante de alta de 0,50% em abril. No IPC-S, todas as classes de despesa tiveram variações abaixo das apresentadas na apuração anterior. As maiores desacelerações ocorreram nos grupos transportes, saúde e cuidados pessoais e alimentação. Nas duas primeiras classes de despesa, a diminuição da influência de preços administrados explica as reduções nas taxas. Já o ICV de 0,39% de maio foi a segunda menor taxa do ano, atrás apenas da registrada em fevereiro, quando o índice foi de 0,32%. Segundo o Dieese, os preços dos alimentos e dos gastos com saúde foram os que mais influíram para a alta do índice. No grupo alimentação, os preços tiveram uma alta média de 0,85%. Os alimentos industrializados registraram um aumento de 1,12% e os "in natura" e semi-elaborados, de 0,76%. Pelos cálculos do ICV, os itens que apresentaram maior alta entre os alimentos in natura e semi-elaborados foram raízes e tubérculos (14,06%) - com destaque para batata (20,29%) e cebola (14,73%) -, legumes (5,47%), hortaliças (3,03%) e leite in natura (2,45%). Alguns itens que apresentaram deflação foram arroz (-2,61%), carnes (-0,51%), aves e ovos (-1,20%) e frutas (-1.97%). No caso dos alimentos industrializados, as altas de preço mais expressivas foram do pão francês (5,18%), sorvete (4,87%), molho de tomate (4,16%), queijo de Minas (3,66%) e leite longa vida (3,44%). No grupo saúde, a inflação registrada no mês passado foi de 0,56%. O grupo vestuário teve aumento médio de 0,74%. As roupas ficaram cerca de 0,65% mais caras e os calçados, 0,77%. Os custos com habitação subiram 0,22% no mês passado, segundo os dados do ICV. Os demais grupos estudados registraram deflação: recreação (-0,10%) e transportes (-0,20%).