Título: Decisão depende da estratégia, diz Deloitte
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 14/06/2005, Finanças, p. C1

A mudança nas regras contábeis dos países da União Européia que, entre outras novidades, alterou as regras para a contabilização de participações em outras empresa, não significa que todos investidores europeus vão se desfazer de seus investimentos no Brasil, como o espanhol La Caixa. O sócio da Deloitte Touche Tohmatsu, Edimar Sacco, explicou que tudo depende da situação de cada um. Tanto antes como agora, só é possível contabilizar pelo critério de equivalência patrimonial investimentos acima de 20% do capital. Por esse método, o investidor registra como receita o percentual do lucro proporcional a sua participação no capital. Pela regra anterior, também era possível contabilizar por equivalência patrimonial participações menores desde que acordos de acionistas garantissem influência na administração. A nova regra da International Financial Reporting Standards (IFRS) /International Accounting Standards (IAS), porém, é mais restrita, especialmente para investidores com ações sem direito a voto, como é o caso da La Caixa. Nas posições acionárias inferiores a 20%, explicou Sacco, o investimento é contabilizado na carteira de títulos e só são reconhecidas as receitas de dividendos e juros sobre o capital próprio. O investimento propriamente dito pode ser classificado como disponível para a venda (impacto no patrimônio), mantido até o vencimento (sem impacto) e para trading (afeta o resultado). Sacco acredita que, com as novas regras, as empresas buscarão evitar a volatilidade. (MCC)